quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Testemunhos Pessoais São Suficientes?


Outro princípio que precisa ser entendido relativamente a esse assunto é que a assembleia, funcionando de maneira bíblica, não faz nada pela boca de somente uma testemunha. Tudo o que se refere à assembleia deve ser feito de acordo com este princípio: “Por boca de duas ou três testemunhas, toda questão será decidida” (2 Co 13:1 – ARA). Compare também com João 8:17 e Deuteronômio 19:15. Por esta razão a assembleia não deve receber pessoas com base no próprio testemunho delas. Naturalmente, as pessoas costumam dar um bom testemunho de si mesmas, como a própria Escritura afirma: “Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos” (Pv 16:2). E novamente: “Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória” (Jo 7:18). É por isso que podemos pedir a uma pessoa que deseja entrar em comunhão para esperar. Assim que os irmãos da assembleia tiverem conhecido a pessoa que deseja entrar em comunhão, a assembleia pode recebê-la com base no testemunho de outros.
Este é um princípio que encontramos por toda a Escritura. Até mesmo o Senhor Jesus Cristo, o Senhor da Glória, sujeitou-Se a esse princípio quando Se apresentou aos judeus como seu Messias. Ele disse; “Se Eu testifico de Mim mesmo, o Meu testemunho não é verdadeiro [válido] (Jo 5:31). Ele então prosseguiu, apresentando quatro outros testemunhos que testificavam a respeito de Quem Ele era: João Batista, Suas obras, Seu Pai e as Escrituras (Jo 5:32-39). Apesar de ter vários testemunhos para autenticar que Ele era o Messias, o Senhor advertiu aos judeus que chegaria um dia quando a nação receberia um falso messias (o anticristo) sem testemunhos. Ele disse: “Se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo 5:43). Sendo assim, o Senhor condenou a prática de se receber alguém com base no testemunho pessoal.
Atos 9:26-29 nos dá um exemplo do cuidado que a Igreja primitiva tinha ao receber alguém à comunhão. Quando Saulo de Tarso foi salvo, ele quis entrar em comunhão com os santos em Jerusalém, mas foi rejeitado. Apesar de ser verdade tudo o que ele porventura tinha dito aos irmãos em Jerusalém sobre sua vida pessoal, mesmo assim ele não foi recebido com base em seu próprio testemunho. Foi só quando Barnabé levou Saulo consigo e o apresentou aos irmãos, e testificou da fé e caráter de Saulo, de modo que houvesse o testemunho de dois homens, que os irmãos o receberam. Daquele momento em diante Saulo “andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo” (At 9:28).

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