Tendo assumido
essa posição de separação na casa de Deus, devemos nos guardar o tempo todo do
orgulho que pode surgir em nosso coração. Devemos tomar cuidado para não termos
uma atitude de nos considerarmos melhores ou mais fiéis do que aqueles de quem
nos separamos. O Senhor não irá Se identificar com uma atitude do tipo “sou mais santo do que tu” (Is 65:5). A atitude correta é de
humilhação. J. N. Darby disse que “se alguém fala de separação do mal, sem
estar humilhado, é bom ele ter cuidado para sua posição simplesmente não se
tornar apenas a mesma que em todas as épocas tem constituído seitas”. O
espírito adequado a alguém que se purifica da confusão na casa de Deus envolve
julgamento próprio, não justiça própria.
A separação
dentro da casa de Deus é algo doloroso, pois implica separar-se de muitos crentes
verdadeiros que não se preocupam com suas associações com a corrupção. Algo
assim deveria cortar nosso coração, pois amamos todos os nossos irmãos.
Todavia, a obediência à Palavra de Deus deve ter prioridade sobre todas as
nossas preferências pessoais. Na verdade, obediência desta natureza é de fato
uma prova do nosso amor por nossos irmãos. “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus,
quando amamos a Deus e guardamos os Seus mandamentos” (1 Jo 5:2). Os que estão reunidos
ao nome do Senhor assumem essa posição de separação na Cristandade, porque ela
está em conformidade com a Palavra de Deus.
Muitos acham
que a solução seja permanecer na confusão e tentar reparar os erros da
Cristandade, mas isso está claramente em desacordo com a Palavra de Deus.
Quando o “joio” foi introduzido no meio do trigo, criando
confusão no campo, o pai de família disse aos seus servos que não tentassem
consertar o problema, mas que esperassem “até à ceifa” – que é “a consumação do século” (ARA) – e então o Próprio Senhor resolveria
isso (Mt 13:24-30, 13:40). Felizmente, o Senhor não colocou esse “fardo” sobre o Seu povo (Ap 2:24-25). A solução é se manter
livre da confusão e do erro, separando-se deles. Segunda Timóteo 2:22 indica
que, após nos separarmos da confusão na casa, Deus nos dará alguns com os quais
possamos andar nesse caminho de separação. É isso o que os congregados ao nome
do Senhor estão fazendo quando se reúnem para adoração e ministério em
separação. Eles procuram praticar toda a verdade de Deus; porém, por causa de
certos fatores modificadores nas segundas epístolas, eles não podem fazer isso
com todos os membros do corpo, como Deus
planejou originalmente. Portanto, os santos reunidos adorariam partir o pão com
todos os seus irmãos no corpo de Cristo, mas existem certas questões de
qualificação que impedem isso. Para ser específico, as pessoas devem ser sãs na
doutrina e piedosas na prática antes de poderem partir o pão à mesa do Senhor.
Se alguns que professam ser crentes não se separarem do mal (2 Tm 2:19), não
poderemos partir o pão com eles.
Conhecemos uma
querida irmã no Senhor cuja denominação está passando por uma reviravolta. O
ministro lá nega a inspiração da Escritura, o nascimento virginal de Cristo e
Sua ressurreição. Ele também ensina que existem muitas maneiras de se salvar e
apoia o casamento gay na igreja, além de ter abandonado sua esposa. Dissemos a
essa irmã que a Palavra de Deus indica que ela devia se separar de lá, mas ela
acha que seria desleal partir, tendo estado com aquela denominação a vida toda.
Porém, todo o tempo que ela permanece ali, ela fica cada vez mais contrariada e
frustrada. A solução é separar-se; é a vontade expressa de Deus em um dia de
ruína. Se ela fizesse isso, talvez pudesse exercitar outros a se separarem
também, mas permanecer em comunhão ali anula qualquer poder no testemunho
individual que ela pudesse esperar ter. O que ela está fazendo pode ser amoroso
e bem-intencionado, mas não é o caminho de Deus para o crente que deseja ser
fiel.
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RESUMO: Os “santos reunidos” ocupam uma posição de separação
da confusão religiosa e do erro na Cristandade, porque a Palavra de Deus (as
segundas epístolas) nos ordena a fazer isso. É a única posição bíblica a ser
adotada quando a ruína do testemunho Cristão é irremediável.
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