quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

CAPÍTULO 8: Decisões Injustas e Erradas de Uma Assembleia.


PERGUNTA: O que devo fazer se uma assembleia tomar uma decisão injusta e errada?
Antes de tentar responder a essa pergunta, devemos ter muito cuidado ao chamar determinadas decisões de assembleia que foram tomadas, de erradas ou más. Pode ser que os irmãos tenham agido em alguma questão com base em princípios bíblicos que desconhecemos. Imaginamos que eles estão errados, mas talvez sejamos nós os que estão errados.
Por outro lado, é possível que as coisas tenham sido tratadas incorretamente e uma decisão errônea possa ter sido tomada em uma assembleia. Supondo ser esta a premissa da questão, vamos tentar respondê-la adequadamente.
RESPOSTA: Se algo assim ocorrer, isto é, uma assembleia tomar uma decisão injusta, existe recurso.
Primeiramente, podemos levar o assunto em oração diretamente ao Senhor; Ele é a Cabeça da Igreja. Ele pode exercitar a consciência daqueles que estão nessa localidade a fim de que eles corrijam a decisão.
Em segundo lugar, o Senhor pode levantar profetas na assembleia localmente ou enviar alguns de outras assembleias para despertar a consciência dessa assembleia de modo que a decisão errônea possa ser corrigida (2 Co 2:4; Ap 2:13; 2 Cr 24:19-22; Jz 9:5-21).
Em terceiro lugar, se essa assembleia local se recusar a lidar com os seus erros após isso ter sido demonstrado a ela de forma conclusiva com base na Palavra de Deus, ela pode ser repudiada por uma ação de ligar tomada por outra assembleia agindo em nome do corpo como um todo. A outra assembleia simplesmente faria uma declaração formal de que a assembleia que está no erro não está mais no verdadeiro terreno da Igreja de Deus. Essa responsabilidade é aludida nas mensagens do Senhor às sete igrejas da Ásia (Ap 2-3). Ele responsabilizou o anjo (os líderes responsáveis) de cada assembleia por todos os erros permitidos nessa assembleia local. Mas cada mensagem termina com as palavras o que o Espírito diz às igrejas (plural). Isso mostra que, embora cada assembleia seja responsável por lidar com o mal em seu meio, existe uma responsabilidade corporativa das outras assembleias na questão, se a assembleia local não lidar com esse mal. O Senhor não fala nessa passagem como isso deve ser realizado, mas simplesmente que existe uma responsabilidade corporativa por parte das outras assembleias.
Esse princípio é ampliado em figura em Deuteronômio 13. Se fosse encontrado mal em uma pessoa numa cidade na terra, a cidade onde ela morava devia “apedrejá-la” até à morte (vs. 6-11). O apedrejamento fala da consciência de todos em uma assembleia local estar envolvida no julgamento de uma pessoa iníqua em seu meio. E, se fosse descoberto que uma cidade tinha nela mal não julgado, então as outras cidades na terra deviam agir para a glória de Deus e julgar aquela cidade. Ela devia ser destruída e transformada em montão perpétuo (vs. 12-18). Isso mostra que havia uma responsabilidade coletiva por parte de todas as cidades em Israel de eliminar o mal na terra. Em figura, isso fala de uma assembleia comprovadamente injusta sendo repudiada pelas outras assembleias que estão em comunhão com ela, sendo considerada como não estando mais reunida no verdadeiro terreno da Igreja.
Como mencionado anteriormente, a remoção de um castiçal em uma localidade é algo que o Senhor não faz imediatamente. É só depois de muita admoestação e oportunidade para arrependimento que o Senhor levantará outra assembleia para repudiar a assembleia que está no erro. Então, é claro, a decisão errônea que a assembleia repudiada ligou não seria mais válida. Enquanto isso, até uma assembleia chegar ao ponto de agir para a glória de Deus no assunto (ao repudiar a assembleia injusta em questão), devemos nos sujeitar à decisão e esperar em Deus. Mencionamos isso para demonstrar que existe recurso contra o abuso de autoridade em assuntos administrativos.
Observemos que a Escritura nunca nos instrui a tomar o assunto em nossas próprias mãos e agir de forma independente no que parece ser uma ação errada da assembleia; algo assim é não procurar “guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4:3). A ação independente de indivíduos nesses assuntos coletivos é sempre condenada nas Escrituras (Dt 17:12; Nm 15:30-31). Isso só abre a porta para o inimigo dividir e espalhar o rebanho. Existe uma maneira divinamente indicada para lidar com esses problemas; devemos segui-la se quisermos manter a ordem.
Infelizmente, é aí que muitos Cristãos acabam errando, por pensarem que não podem se submeter a algo que acreditam ser injusto e não estar de acordo com a Escritura. Eles pensam que estarão comprometendo uma boa consciência. Alguns dirão: “Eu devo obedecer primeiro ao Senhor, não aos irmãos!” Mas isso é só fachada, pois se o Senhor pode manter a decisão até que ela seja retificada, por que nós não podemos? Uma assembleia que comete um erro em suas responsabilidades administrativas ainda tem o Senhor em seu meio até ela ser formalmente repudiada. J. N. Darby disse, “Por que falar em obedecer primeiro ao Senhor, e depois a igreja? Mas supondo que o Senhor esteja na igreja? Isso é meramente estabelecer um julgamento pessoal contra aquele da assembleia reunida em nome de Cristo com a Sua promessa (se não são uma assembleia assim reunida, eu não tenho nada a dizer); é estar simplesmente afirmando: ‘Eu me considero mais sábio do que os que são’. Eu rejeito inteiramente, como não tendo fundamento bíblico, o dito, ‘Primeiro Cristo, depois a igreja’”. Sobre esse mesmo assunto, ele também disse, “A questão, portanto, é um mero e pobre argumento enganoso que revela o desejo de dar livre expressão à vontade própria e uma confiança de que o julgamento da pessoa é superior a tudo o que já tenha sido julgado”.
É importante entender que a assembleia foi investida com a autoridade do Senhor para agir em Seu nome durante o tempo de Sua ausência, e devemos nos submeter aos atos dela como a autoridade final. Em Mateus 18:18-20, ao tratar de uma certa questão, o Senhor disse, “Dizei-o à igreja”. Em seguida, Ele passou a falar da autoridade dela para agir em Seu nome, dizendo: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no céu”. Um exemplo da assembleia “ligando” é encontrado em 1 Coríntios 5:11-13; um exemplo da assembleia “desligando” é encontrado em 2 Coríntios 2:6-11.
No entanto, o fato de a assembleia ter recebido autoridade para agir para a glória de Deus não significa que seus atos sejam infalíveis. J. N. Darby escreveu um artigo útil sobre esse assunto intitulado “Confundindo Autoridade com Infalibilidade”[1]. Ele mostra que é possível uma assembleia ligar algo que esteja errado, e isso ser ligado no céu – pelo menos até que a ação possa ser corrigida. Muitas pessoas ficaram confusas nesse ponto. Elas não conseguem entender como uma ação que está errada poderia ser “ligada no céu. No entanto, “ligado no céu não significa necessariamente ser aprovado pelo céu. Significa simplesmente que o céu reconhece aquilo. O céu pode não estar feliz com uma decisão que a assembleia toma, mesmo assim ele a endossa. A assembleia foi investida com a autoridade do Senhor para agir por Ele representativamente em Sua ausência; ela é uma extensão de Sua autoridade na Terra. E é possível a assembleia usar a autoridade d’Ele erroneamente; no entanto, a autoridade ainda é d’Ele.
Podemos entender bem esse princípio dentro de uma família. No artigo do Sr. Darby sobre confundir autoridade com infalibilidade, ele faz menção do fato de os pais terem, na família, uma autoridade dada por Deus, mas não são infalíveis. Submissão é dever de todos na família. Um pai pode disciplinar uma criança por engano, mas essa disciplina continua válida, e o dever de todos na família é se submeter. É assim que se mantém a ordem na casa. Quando vem à tona que o pai cometeu um erro, em condições normais ele corrigirá seu erro com humildes desculpas e fará as reparações necessárias. Além disso, no caso de um juiz criminal, ele tem autoridade para prender alguém, mas como ele não é infalível, é possível que ele venha a cometer erros. Porém, sua ação ainda prevalece, e o indivíduo não tem escolha a não ser aceitá-la até que se demonstre que ela está errada. Se as autoridades civis não fossem regidas dessa forma, não haveria ordem nenhuma no governo. O Sr. Darby também disse, “Em uma centena de situações, é possível a obediência ser obrigatória sem que exista infalibilidade. Não fosse assim, como você facilmente pode ver, não poderia haver qualquer ordem no mundo. Se não houver obediência onde não existe infalibilidade, se não houver sujeição no que foi decidido, não há limites para a vontade própria e nem a existência da ordem comum.” Do mesmo modo, em decisões de assembleia, o céu pode não estar satisfeito com algo que a assembleia liga errado, mas o céu endossa a decisão naquele momento. Dessa forma, a ordem é mantida na casa de Deus.
Deveria ser algo muito solene pensarmos que poderíamos usar a autoridade do Senhor e equivocadamente identificar o céu com algo que não está correto; e, assim, incorrer no julgamento governamental do Senhor. É esta a razão pela qual o Senhor Se desassociou exteriormente da massa da profissão Cristã e adotou um testemunho remanescente. E se aqueles que estão identificados com esse testemunho remanescente continuarem em um estado pobre e falharem em sua responsabilidade, Ele vai pesar a Sua mão sobre eles em julgamento governamental e reduzir o seu número, peneirando e espalhando alguns, para que eles se humilhem. É triste dizer, mas isso aconteceu.
O Sr. W. Potter escreveu um pequeno artigo sobre as ações de assembleia de ligar e desligar, no qual ele diz que o qualquer coisaem Mateus 18:19 é incondicional. A assembleia pode aprovar uma decisão de ligar favorável (ou contrária) ao que quer que ela ache necessário para a glória do Senhor. Alguns imaginam que isso é semelhante ao papado e está dando à assembleia uma autoridade inquestionável. O argumento deles é que se “qualquer coisa” é incondicional, então a assembleia poderia ligar tudo que quisesse, e estaria automaticamente ligado no céu. Na mente deles, isso seria deixar o céu sujeito às ações da Igreja na Terra; e se a assembleia cometesse um erro, então o céu estaria em comunhão com o mal. Essa suposição, no entanto, não é verdadeira; já mostramos que o Senhor ainda está no meio de uma assembleia que está em erro e com mal nela, até ela se corrigir ou ser formalmente repudiada.
Muitos foram infelizmente enganados pela ideia equivocada de que, a não ser que uma ação de assembleia tenha a marca registrada da Palavra de Deus, ela não é ratificada no céu e não obriga ninguém na Terra. Em outras palavras, a decisão só é uma ação de ligar quando é uma decisão correta. O que eles estão realmente dizendo, embora possam não perceber, é que todas as verdadeiras decisões de assembleia são infalíveis. Quando a assembleia atua administrativamente tomando uma decisão de ligar, ela nunca erra! Os mesmos que acusam os irmãos de praticarem o papado são na verdade aqueles que se apoiam no princípio da infalibilidade! O artigo do Sr. Darby mostra que essa ideia equivocada confunde autoridade com infalibilidade.
Olhando superficialmente esse argumento, parece lógico não se submeter a uma decisão injusta, mas por trás dessa ideia está a tentativa do inimigo de trazer confusão para a assembleia e de minar a autoridade e as ações dela. Tudo o que qualquer pessoa precisa fazer é declarar que uma ação da assembleia é uma ação injusta e concluir que o céu, portanto, não a ligou. E se o céu não a aceitou, então a pessoa deve rejeitá-la também. É uma maneira conveniente de anular as ações de assembleia que não nos agradam. Se os atos administrativos da assembleia só exigissem submissão sob a condição de serem atos justos, então toda a ordem logo seria perdida. Essa ideia errônea faz com que os julgamentos de assembleia fiquem sujeitos ao nosso julgamento pessoal. A assembleia, então, já não seria a mais alta corte de autoridade nesses assuntos, e sim o nosso julgamento pessoal! O resultado é que todos ficariam livres para fazer o que parecesse “reto aos seus olhos” (Jz 21:25). No entanto, o Sr. Darby disse, “Um julgamento de uma assembleia, mesmo que eu o considere um equívoco, eu devo primeiramente aceitar e agir de acordo com ele.”
Em um esforço para negar a força do “tudo o que” em Mateus 18:18, alguns erroneamente pensaram que o versículo 19 seria uma reunião de oração. Dessa forma, eles argumentam que se as orações da assembleia se sujeitam à qualificação do céu (pois Deus só responde às nossas orações quando elas estão de acordo com a Sua vontade), então o “tudo o que” que a assembleia liga também deve se sujeitar à qualificação do céu. É um argumento inteligente, mas que tira o versículo 19 de seu contexto. O versículo não está se referindo a uma reunião de oração, mas aos congregados ao nome do Senhor, reunidos como tais para atuarem em sua responsabilidade administrativa ao aprovarem uma decisão de ligar. Trata-se de uma reunião para a disciplina. Paulo fala desse mesmo tipo de reunião em 1 Coríntios 5:4-5. Se o Senhor estava Se referindo à reunião de oração em Mateus 18:19, então Ele mudou o Seu assunto bem no meio de Sua dissertação sobre as ações administrativas da assembleia. E depois Ele voltou ao assunto que tem a ver com o Senhor estar no meio e os santos terem um espírito de perdão em relação a um irmão arrependido que pecou (vs. 20-35). Isso não faz o menor sentido. O ponto dos versículos 19-20 é que a assembleia se reúne com o Senhor no meio para invocar a Deus para ratificar sua decisão de ligar. A promessa é clara: “Isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus”. (O versículo 20 pode ser lido no partimento do pão, mas é apenas para estabelecer o fato de que o Senhor está no meio de Seus santos quando eles estão reunidos em assembleia).
Para aqueles que questionam se tudo o que é qualquer coisa que a assembleia possa vir a julgar, indicaríamos a eles 2 Coríntios 2:10. Ali descobrimos que quando se trata de desligar uma ação de ligar, Paulo diz “A quem perdoardes qualquer coisa... (KJV). Se eles são vistos perdoando qualquer coisa, necessariamente eles devem ter ligado qualquer coisa. Isso não deve ser difícil de entender se alguém tem uma mente disposta, mas essa é a grande questão. Será que realmente queremos a mente do Senhor? As pessoas às vezes fazem tanto alarde por causa de uma possível decisão errada da assembleia, que você acaba se perguntando aonde eles querem chegar. Mas, de verdade, quantas vezes isso aconteceu? Raramente. O Sr. Potter disse que nos 50 anos em que ele esteve entre os irmãos, ele não soube de nenhuma decisão tomada à qual alguém não pudesse se submeter.
Para alguns, a solução é ter outra etapa de assembleia e revisar a decisão original da assembleia. O Sr. C. D. Maynard disse, “Uma assembleia, quando reunida ao nome de Cristo, tem a Ele em seu meio e tem a autoridade d’Ele para agir em ligar ou desligar os pecados de um irmão transgressor (Mt 18:18-20). Tal ato é ratificado no céu. Não existe como apelar dessa decisão, a não ser a Cristo em glória; assim como Jesus ‘entregava (Sua causa) àqu’Ele que julga justamente’ (1 Pe 2:23) ... Pode ocorrer a alguns que, se uma assembleia local tiver julgado, segundo eles pensam, de forma errada, pode-se fazer uma apelo a outra assembleia local. Por exemplo, para restaurar uma pessoa erroneamente colocada fora. Isso tem tanto fundamento bíblico quanto a corrupção do romanismo. De cara, nega a unidade prática das duas assembleias. Cogitar a questão é negar que exista um só corpo e um só Espírito. Se a mesa do Senhor for uma só, ambas as assembleias estão unidas quando uma delas age, então esse apelo é impossível. Se elas podem revisar os julgamentos uma da outra, a unidade do Espírito não existe ali, são apenas reuniões independentes.” O entendimento errado desse importante princípio em assuntos de assembleia está por trás de muitas das tristes divisões que ocorreram entre os congregados ao nome do Senhor ao longo dos anos. Fazemos bem, portanto, em ponderar essas coisas com cuidado.
Outra ideia errônea que alguns têm é que se a assembleia tomar uma decisão errada, então ela perde o terreno em que está como reunida ao nome do Senhor e não está mais em terreno divino. Isso também não está certo. Novamente, tal ideia revela a ignorância de se confundir autoridade com infalibilidade. O fato de uma assembleia ter autoridade, mas não ser infalível, é para reconhecer que existe a possibilidade de ela cometer erros. Ao cometer um erro, a assembleia não perde sua condição de assembleia biblicamente reunida, do mesmo modo que os pais em uma casa não deixam de ser pais por terem cometido um erro ao disciplinarem um filho.
Um exemplo desse equívoco foi o que aconteceu em Tunbridge Wells em 1908-1909. Muitos acharam que as ações da assembleia, primeiro de silenciar (1903) e depois de colocar fora de comunhão o Sr. C. Strange (1908), foram injustas. Acreditando que o tratamento de Tunbridge Wells foi injusto e sem base bíblica, eles pensaram que a assembleia tinha, assim, perdido seu status de assembleia verdadeiramente reunida ao nome do Senhor. Consequentemente, muitos não quiseram se sujeitar às suas decisões de assembleia. O Sr. W. R. Dronsfield propõe essa ideia errônea em seu livro, “The Brethren Since 1870”, pág. 33, dizendo: “Se dois ou três estão verdadeiramente reunidos ao nome do Senhor, qualquer decisão a que eles cheguem deve estar correta para o céu reconhecê-la como tal. O inverso disso, no entanto, também é verdadeiro, ou seja, se os reunidos chegarem a uma decisão injusta e incorreta, eles não podem estar reunidos ao nome do Senhor.” Essa ideia equivocada levou a uma divisão muito triste entre irmãos.
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RESUMO: Se achamos que a assembleia tenha cometido um erro numa decisão de ligar:
  • Primeiro, precisamos ter certeza de que entendemos os princípios envolvidos. Pode ser que estejamos desinformados e desconheçamos certos princípios bíblicos. Se de fato é uma decisão errada, devemos trazê-la ao Senhor, a Cabeça da Igreja, em oração.
  • Em seguida, devemos expressar nossas convicções – baseadas na Escritura – aos irmãos e esperar que eles sejam exercitados a respeito.
  • Então, devemos esperar no Senhor para que Ele intervenha e conserte as coisas. Que tenhamos a certeza de que Ele irá chegar, em Seu próprio tempo e à Sua própria maneira; a fé esperará n’Ele. Se for um erro grave, pode ser que o Senhor conduza outra assembleia a deixar de reconhecer formalmente essa assembleia como estando em terreno divino. 

Enquanto isso, não devemos tomar o assunto em nossas próprias mãos e começar a fazer campanha entre os irmãos para reverter a decisão. É possível defender algo correto da maneira errada, o que só traz confusão. Muitas vezes, aqueles que agem na carne em assuntos de assembleia são massacrados, mesmo que estejam lutando pelo que é certo! Esse foi o perigo em que Pedro se colocou ao puxar sua espada. O Senhor disse a ele: “Mete no seu lugar a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão” (Mt 26:52).



[1] N. do T.: “Confounding Authority with Infallibility”, em “Collected Writings”, vol. 14, págs. 304-307.

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